terça-feira, 21 de setembro de 2010

A inocência dos obtusos





Édipo - Crês tu que assim continuarás a falar, sem conseqüências?
Tirésias - Certamente! Se é que a verdade tenha alguma força!
Édipo - Sim! Ela a tem, mas não em teu proveito! Em tua boca, ela já se mostra fraca. Teus ouvidos e tua consciência estão fechados, como teus olhos.
(Rei Édipo - Sófocles)


    É absurdo o discurso de políticos que se fazem alheios a responsabilidade que tem por abusos, extorsões, recebimento de propina, negociações com verbas públicas, pagamento de favores com dinheiro do povo, cometido por si próprios ou dentro das instituições que são responsáveis.


    Assisti agora de manhã uma entrevista com a candidata Dilma, a mulher mais modificada, mais construída, mais maquiada que uma campanha eleitoral já lançou, em que, diante das perguntas sobre os escândalos ocorridos na Casa Civil que ela própria comandou por muito tempo durante o governo Lula, a unica preocupação que ela demonstrava era o por que daqueles fatos serem ligados a ela, uma vez que não ela não os havia cometido.


    Ora, que dono de uma empresa não é chamado à responsabilidade quando seus funcionários agem de má fé? Que gerente não é responsável pelos funcionários de seu setor? Que trabalhador não tem que assumir a conseqüência de seus atos e responder por aquilo que lhe foi confiado? Um pai não é responsável pelos filhos que ainda não foram emancipados e residem sob seus cuidados?


    Se essa responsabilidade não cai diretamente sobre os ombros dos superiores, porque não foram eles a cometer tais atos, não deve cair pelo menos a responsabilidade por terem sido obtusos e alheios àquilo que deveriam cuidar e auditar para justamente não haver crimes ou irregularidades em sua seção? 


    No livro citado acima, Édipo se depara com os males que suas atitudes causaram, mesmo as inconscientes, e horrorizado com os males que disso advieram, não chama para si a indulgência apoiada na sua ignorância, se auto condena e pune, arrancando os próprios olhos. Essa auto punição levada ao extremo serve de figura para a seriedade que o rei tinha e o senso responsabilidade que sua posição exigia, a ponto de abrir mão do próprio conforto e bem estar para receber a punição pela conseqüência de seus atos. 


    Na vida real, não há necessidade de tamanha punição. Entretanto, se faz cada vez maior a necessidade de consciência da população e dos governantes de trazer para si a responsabilidade pelos próprios atos e daqueles que estão sob seus cuidados, submetendo-se não aos rigores dos castigos físicos, mas aos rigores da lei.


    Enquanto houver cidadãos pagando propinas para burlar suas faltas, buscando meios ilegais de conseguir benefícios e não assumindo seus deveres ante a lei, como vamos esperar que os governantes hajam de forma diferente? Porque os governantes são um reflexo do povo, e não o contrário como se imagina.


    Sejamos justos. Sejamos corretos. Tenhamos nós autoridade moral para cobrar daqueles que devem governar a nação e transformá-la cada vez mais numa pátria de justiça e bondade.


Abraços a todos.
Paulo Bomfim

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Conhecer para fazer direito



Amigos,

Estamos na era da informação. Quando queremos comprar um carro, uma casa, uma TV ou um telefone celular, lançamos mão de todos os recursos existentes para obter informações sobre as opções disponíveis e quais dentre elas possuem a melhor relação custo/benefício. E depois de tanto pesquisar e barganhar, finalmente escolhemos o que achamos de melhor, mas com uma consciência a respeito.

Vamos usar a informação não só a nosso favor, mas a favor da nossa nação, em prol de uma vida melhor para cada cidadão desse nosso imenso e amado país.

Mais importante do que bens de consumo, é o bem estar da nação. Não podemos continuar achando que o conforto e tranquilidade que apenas uma pequena parcela da população desfruta se manterá enquanto o resto do país perece com falta de educação, moradia, saúde e alimentação.

Me lembro do comentário recente de um cinegrafista amador, morador de um prédio de alto padrão que filmou o tiroteio que houve num hotel de luxo no Rio de Janeiro: “Pago o IPTU mais caro do Brasil e tenho que agüentar isso!”. Sim, porque só pagar impostos não basta, nós temos que fazer mais!

E a chance de agir chega até nós agora, no dia 3 de outubro, data que escolheremos o novo Presidente da República e Governador do Estado, entre outros.

Ante essa nova “aquisição” de governantes, necessitamos nos informar o máximo possível e ir além daquilo que mostram à nós. A propaganda eleitoral é a propaganda que um fabricante faz sobre um produto que vende, pintando-os e mostrando esses candidatos com o verniz mais brilhante. Não devemos somente acreditar na propaganda eleitoral, mas sim perguntar para aqueles que já elegeram, que já acompanharam o mandato, que já conhecem, vermos se há muitas reclamações, multas ou processos, aquilo que fazem e já fizeram e aí sim damos crédito ou não ao candidato.

Para isso, há diversos sites idôneos que nos ajudam a conhecer melhor a política e os políticos. E às vésperas de uma eleição tão grande e de tamanha importância, nada melhor do que usar o voto, essa nossa ferramenta por direito em favor da democracia, da forma mais consciente que pudermos.

Acessem, divulguem, aumentem a lista!

Projeto Excelências: http://www.excelencias.org.br/
ABRACCI (Associação Brasileira Contra Corrupção e Impunidade): http://abracci.ning.com/
Responsabilidade Social Empresarial: http://www1.ethos.org.br/EthosWeb/Default.aspx

Sites para denúncias
Ministério Público Federal: http://www.pgr.mpf.gov.br/
Tribunal Superior Eleitoral: http://www.tse.gov.br
Site de Denuncias da Controladoria Geral da União: http://www.cgu.gov.br/Denuncias/

Abraços a todos,
Paulo Bomfim

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

A timidez dos bons



Por que, no mundo, tão amiúde, a influência dos maus sobrepuja a dos bons?
- Por fraqueza destes. Os maus são intrigantes e audaciosos, os bons são tímidos. Quando estes o quiserem, preponderarão.
(Pergunta 932 de O Livro dos Espíritos, de Allan Kardec).


    Me peguei conversando com os colegas do trabalho sobre o cenário político atual do nosso país. Às vésperas das eleições para presidentes e governadores, há quase três décadas após ganharmos o direito ao voto, nós nos vemos cercados de tipos cada vez mais estranhos que posam como candidatos.

    Candidatos que zombam da nossa inteligência, com frases como "Você não sabe o que um deputado faz? Nem eu! Vote em mim". E o mais assustador: haverá pessoas que vão gostar do slogan e votar! Votarão também nas mulheres que oferecem a exposição do corpo como argumento de bons líderes. Escolherão representantes da lei pelo simples fato de torcerem pelo mesmo time! 

    Eu não consegui rir daquilo que meus amigos mostravam como um show de horrores. Não consego ver graça em que se permita concorrer para cargos tão importantes pessoas tão desqualificadas, sem o menor compromisso de trazer ou se comprometer com as necessidades reais do nosso país.

    Meus amigos, o tempo de agir está próximo. Não se iludam, não acreditem naqueles que dizem que o que cada um pode fazer é pouco. Nós somos uma nação! Nós somos 190 milhões de pessoas! Olhem o que a força do número fez através da internet, onde pessoas foram destronadas graças ao poder de interagir em tempo real! 

    Esse poder agora se concentra nos nossos votos, que representam as nossas escolhas! Que escolhamos de forma consciente, e não à esmo, aquilo que é de tamanha importância para nós, para nossa família e amigos, pro nosso presente e, até mais, para nosso futuro.

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Quem vai fazer?


    Os meios de comunicação estão aí: telefones fixos, celulares, Nextel, SMS, MMS, E-mail, Orkut, Twitter, Internet, Intranet...


    Se precisamos procurar algo, basta digitar no Google, no Bing. Se precisamos saber como fazer, basta procurar um vídeo no Youtube ou um Blog de quem saiba fazer.


    Através disso tudo, temos kilos, megas, gigas, teras e agora até peta bytes de informação! Tudo ao nosso alcance, de uma forma rápida, prática e barata.


    Mas ainda assim, falta algo: a vontade de estender a mão e alcançar! Porque apesar dos milagres que essas coisas todas oferecem e disponibilizam, elas não passam de ferramentas que precisam ser manuseadas, senão não há como desfrutar de nada!


    Então meus amigos, mãos à obra!

quinta-feira, 1 de julho de 2010

Capitalismo - Uma História de Amor

    Acabo de assistir a um filme ótimo. Não desses que contam contos de fadas, ou de ação estonteante, ou efeitos especiais deslumbrantes, ou histórias lindas com finais felizes. 
    Não. 
    A beleza desse filme está na verdade que ele desvenda. Está nos absurdos que aconteceram recentemente no mundo todo e passam despercebidos devido à maquiagem aplicada por aqueles que tem poder em manipular as informações.
    O filme é "Capitalismo - Uma História de Amor" de Michael Moore (www.michaelmoore.com). É mais um documentário desse fabuloso cinegrafista e ativista, que se esforça ao máximo para obter de uma forma clara e objetiva a verdade.
    Nesse filme, ele aborda temas que mostram o que a ganância excessiva por trás do capitalismo causou à diversas famílias americanas e, por sua vez, à população mundial. Desde empréstimos com juros tão altos que levaram a população à falência, como re-financiamentos de casas que levaram milhões de pessoas a perderem seus lares e se tornarem sem-teto.
    Ganância desenfreada essa que levou empresas de grande porte como Amegy Bank, Bank of America, Citibank, Winn Dixie, Wal Mart, Procter & Gamble, McDonnel Douglas, Nestle, Hershey's, AT&T, American Express entre outras, a contratar seguros de vida para seus funcionários se colocando como beneficiários destes seguros, sem que estes soubessem. Ou seja, se você fosse contratado por uma destas empresas, sem que você soubesse eles pagariam uma apólice de seguro de vida (para uma funcionária do Wall Mart US$80 mil, para um funcionário do Amegy Bank, US$1,5 milhão) que, caso você falecesse, quem receberia o dinheiro do seguro, seria a própria empresa!
    Nesse documentário também é apresentada de forma clara a farra que foi a tão anunciada e temerosa crise financeira. Mais de US$700.000.000,00 (isso mesmo, setecentos bilhões de dólares!!!) foram dados aos bancos, que faliram justamente por má administração, sem que estes precisassem dar qualquer explicação de como seria gasto este dinheiro. O governo fechou os olhos e assinou o cheque, temendo que o país, o mundo todo (o mundo todo só não, e a Bahia!) fossem engolidos pela tão temida recessão.
    Mas o que se viu não foi a boa aplicação do dinheiro, mas gastos exorbitantes destes bancos com luxos para os diretores, pagamentos de bônus bilionários para executivos, incentivos de milhões para lobistas, enquanto a população necessitada de capital via seus pedidos de empréstimos negados e as taxas de juros dos que já possuiam subindo exponencialmente.
    Quando disso nós não vivenciamos aqui, em nosso país? Quantos aqui não têm de recorrer a bancos para pedir empréstimos cada vez maiores, com juros que não podemos pagar, nos envolvendo em bolas de neve cada vez maiores? Quantos de nós não se perdem no constante apelo sedutor trazido a todo momento: compre! Compre!! Compre!!! Mesmo que pra isso você tenha que dever por anos e anos, ficando com algo que vai valer muito pouco e você vai ter pago duas vezes o valor da etiqueta!!!
    É hora de começarmos a aprender com os enganos do passado. É hora de começarmos a olhar para o futuro como um lugar comum a todos nós. Um lugar onde todos poderão ter ao menos o necessário para se ter uma vida sem privações, com lares adequados, com uma educação decente, com pessoas cada vez melhores para esse porvir tão magnífico que surge no horizonte. Um futuro mantido pela tecnologia sustentando a inteligência e o bem estar do homem, curando doenças, proporcionando qualidade real de vida não há alguns privilegiados, mas a todos. Não há de faltar para ninguém!
    Mas sozinhos não conseguiremos. É necessária a união e instrução. Buscar o alimento que sacie a sede de conhecimento e a fome de saber. É preciso ir até a fonte para que a compreensão e a consciência de quem somos, de como devemos agir, quais ferramentas temos à disposição e qual é de melhor utilidade para cada situação.
    Recentemente foi divulgado o poder que a internet, através do Twitter, tem. Milhões de pessoas se uniram com o objetivo de mostrar sua real vontade, dando uma perspectiva diferente para um meio de comunicação de uma via só, que é a televisão. Graças à manifestação destes milhões, aqueles que ficam isolados em suas salas de edição, falando o que lhes apetece, sentindo-se satisfeitos com os tapinhas nas costas e os elogios vazios que eles mesmo se dão, sentiram um gosto amargo ao ver o quão desagradáveis são na verdade. Puderam olhar num espelho que dizia uma resposta muito diferente à sua egocêntrica pergunta: "Espelho, espelho meu, existe comentário mais importante que o meu?". E a resposta foi sim! Sim, sim, milhões de vezes sim!
    O quão maravilhoso será quando estes milhões de vozes, que são as vozes dos cidadãos desse nosso Brasil, se voltarem para o que realmente importa: as ações dos políticos! Mostrando a eles o mesmo espelho que foi mostrado no exemplo acima. As decisões que são tomadas nas casas de legislação e que são de interesse de cada um de nós! Solicitando, sugerindo, exigindo cada coisa que temos direito. Falando para todos aqueles que podem ouvir e por todos aqueles que não podem falar! Movimentando as massas para que circulem através de todos os meios possíveis, marchando à pé ou pela internet, diante dos políticos e lhes dizendo: "Nós somos o povo. Nós somos os pais e as mães, os filhos e filhas! Somos o policial e a dona de casa, o soldado e a enfermeira, o professor e o pedreiro, somos o médico e o taxista. Somos a alma desta grande nação chamada Brasil. Nós somos a sua voz! Falem o que queremos. Façam o que precisamos que seja feito!"
    À todos eu recomendo que assistam esse filme. E a todos, faço o convite que Michael Moore deixa no final do filme: FAÇA ALGO!


Paulo Bomfim

quinta-feira, 1 de abril de 2010

02/04/2010 - Chico Xavier nos cinemas!!!



Olá amigos!!!


Sexta feira, dia 02/04/2010 estréia nos cinemas "Chico Xavier". O filme conta a trajetória da vida do maior médium brasileiro, baseado em livros biográficos, como "As vidas de Chico Xavier" de Marcel Souto Maior.


O filme, dirigido por Daniel Filho, conta no seu elenco com atores de peso: NELSON XAVIER (Chico Xavier - 1969/1975), ÂNGELO ANTÔNIO (Chico Xavier - 1931/1959), TONY RAMOS, CHRISTIANE TORLONI, GIULIA GAM, LETÍCIA SABATELLA, LUIS MELO, PEDRO PAULO RANGEL, GIOVANNA ANTONELLI, ANDRÉ DIAS, PAULO GOULART, CÁSSIA KISS, CASSIO GABUS MENDES.


Acessem o o site do filme e vejam maiores informações, notícias, notas de produção, elenco completo, making of e muito mais!


Estão todos convidados a assistir e participar desta grande estréia que acontece no dia da celebração do centenário do Chico.


Espero ver a todos no cinema! Conto com vocês lá!


Beijos e abraços!

terça-feira, 23 de março de 2010

As estórias que nos contamos





    Todos somos, em diversos níveis, grandes contadores de estórias. Muitas vezes contamos coisas que alegram, fazem rir e suspirar. Outras tantas, entristecem, afligem ou irritam.
    Assim como são variadas as estórias, variado também é o público que ouve essas estórias. Há porém, alguém que sempre ouve a todas, até as que não chegamos a contar. Estes ouvintes fiéis somos nós mesmos!
    São estórias não só sobre nossa versão do que já ocorreu, mas as estórias sobre as impressões que temos do que acontece ao nosso redor. 


    - Ah, aquele cara está fazendo isso só pra me irritar!
    - Ela tá vendo que vai derrubar e faz assim mesmo!
    - Ele está tentando me prejudicar, mas vai ver só!
    - Ela sabe que esse assunto me entristece mas sempre fala nisso!
    - Ele me conhece, por que ainda fala assim comigo?


    Quantas estórias que tornam os acontecimentos ao nosso redor uma experiência ruim, pesarosa, desgastante! Quantos frutos de uma imaginação que parece distorcer a realidade!
    Me lembro de uma vez que estava no trânsito e um carro ao meu lado mudou de faixa abruptamente e me fechou. Eu freei seco e logo deduzi: "Esse filho da p* está querendo me matar! Ele vai ver só!!!". Buzinei, esbravejei, xinguei, agitei o braço de dentro do carro e ultrapassei o carro. Quando cheguei no próximo semáforo, vi pelo retrovisor que ele se aproximava e vinha baixando o vidro do passageiro. Já imaginei: "Agora ele vai começar a xingar e reclamar das buzinadas. Vou aproveitar pra xingá-lo mais ainda!". Abaixei o vidro do meu carro e esperei que ele falasse primeiro. O homem me olhou, levantou o braço direito, com a mão aberta e disse: "Ô amigo, me desculpa viu ali atrás. Eu não vi você! Me desculpe mesmo!"
    A reação do homem ao meu comportamento me desarmou por completo. Eu que usava uma carranca típica de um guerreiro selvagem pronto pra batalha mais feroz, me vi totalmente sem graça com minha atitude. Foi minha vez então de erguer o braço e pedir desculpas pela minha reação exagerada e pela minha falta de paciência.
    Para vivermos em paz, é necessário contar histórias de paz, para então vivê-las. Se estamos sempre carregados de mágoas, armados com respostas, reações prontas, é porque estamos procurando situações para usá-las. E é impossível ter tranquilidade com esse tipo de bagagem, pois sempre acabamos usando nas situações erradas, com as pessoas que mais gostamos ou então nos arrependendo por ter feito uso com quem quer que seja.
    Que nossa bagagem seja leve. Seja mansa e pacífica. Que se formos escolher os exemplos de como tratar nosso próximo, que sejam os exemplos daqueles que viveram a felicidade que a paz e a serenidade traz: o Cristo, o Bhuda, Ghandi, Madre Tereza, Chico Xavier, pra citar só alguns. E que nossas estórias ao pouco percam a distorção e a opacidade e se tornem concisas e vívidas de transparências.

segunda-feira, 15 de março de 2010

Lista de preços Pascoa 2010 Dona neusa

Bom dia!!!

A páscoa se aproxima e novamente este ano minha mãe fará ovos de páscoa de
diversos tipos. Chocolate ao leite, branco, crocante, trufado, diet e por aí
vai! Ovos tradicionais cestinhas, coelhinhos, bombons, barrinhas, corações e
muito mais!

Encaminho a lista de preços e os contatos. Caso queiram, podem encomendar ou
tirar dúvidas comigo mesmo.
Email: prbsilva@gmail.com
Telefones: 9463-0907 ou 4195-5450 r. 216.

Abraço!
Paulo Bomfim
















terça-feira, 9 de março de 2010

A Festa


A Festa
Paulo Bomfim – 30/08/2009

Havia numa escola um professor que dava aula para duas turmas diferentes.

Um dia, ele enviou uma carta a cada aluno de uma delas com os seguintes dizeres.

“Você está convidado para uma grande festa! Lá haverá comida e bebida a vontade, doces e salgados diversos, além de um grande bolo. Venha participar e se fartar, ao som de boa música e uma vista linda.

Esta festa é pra cada um de vocês. Espero que aproveitem-na ao máximo!”

O endereço estava abaixo, juntamente com o local da festa.

Todos comentavam que seria o máximo. Então marcaram de se encontrar e ir juntos à festa.

E assim foram eles para a festa, com grande expectativa das comidas, das bebidas, do quanto se divertiriam, de qual sabor seria o bolo, como seria o serviço de atendimento, quantos manobristas estariam lá, garçons, animadores de festa.

Porém, que surpresa ao chegarem! Na porta do local, que estava com as luzes apagadas e sem ninguém para recebê-los, havia um bilhete grande dizendo: “Benvindos à Festa! Ela é de vocês! Aproveitem!”.

Logo pensaram que se tratava de uma surpresa, que ao entrar os estariam esperando para atendê-los e dar-lhes aquilo que queriam.

Mas ao abrirem a porta encostada, se depararam com um salão sem nenhuma pessoa e escuro.

Quando encontraram o interruptor e acenderam as luzes, ainda com alguma expectativa da surpresa, que decepção! Não havia festa alguma! Havia uma mesa grande, com algumas caixas e algumas sacolas, cheia de embalagens fechadas. Havia uma copa com forno microondas, fogão e geladeira, mas ninguém ali. Havia um aparelho de som grande, mas estava desligado.

Que decepção! O professor nos pregou uma peça, pensaram eles enquanto se retiravam, ainda indignados.

No dia seguinte, ainda comentando entre si o acontecido, souberam que a outra turma que tinha aula com o professor havia recebido o mesmo convite que eles.

Eles riram entre si e já começavam a caçoar dos colegas, imaginando que voltariam tão frustrados quanto eles.

Mas no outro dia porém, ao perguntarem com ansiedade pra saber como havia sido a festa, que surpresa não tiveram ao ouvir que a festa havia sido o máximo. Sem entender, eles perguntaram se eles haviam comido ou bebido, ou pelo menos dançado alguma musiquinha.

Os colegas, com brilho nos olhos, contaram que haviam comido salgadinhos e docinhos deliciosos, além de provado diversos sucos de frutas diferentes, tomado sorvete, ouvido música de ótima qualidade e dançado muito.

Os alunos da primeira turma não acreditavam. Confirmaram com eles o endereço e repetiam indignados que não era possível. O professor deve ter pregado uma peça mesmo neles, porque quando foram, não havia nada pronto nem ninguém para recebê-los ou serví-los, e contaram como encontraram o lugar quando lá chegaram na hora marcada.

Eis então que o pessoal da segunda turma contou que com eles havia acontecido a mesma coisa. E que quando eles leram a placa “Benvindos à festa! Ela é de vocês!”, eles foram ver que a festa estava toda lá, esperando por eles. Dentro das sacolas, estavam guardanapos, copos, pratos e talheres descartáveis. Dentro das caixas menores estavam diversos salgadinhos que eles só precisaram esquentar um pouco no microondas. Dentro da geladeira estavam várias bebidas, sucos e refrigerantes de diversos tipos. Junto ao aparelho de som que só estava desligado da tomada, estavam cds dos mais variados, que eles foram escolhendo e montando um repertório para curtir e dançar!

Quando encontraram o bolo, o professor apareceu para cortá-lo, e disse assim:

“Deus preparou uma grande festa para todos os homens. Deus preparou a vida e todo esse planeta maravilhoso para que o homem se farte de suas alegrias e belezas e que viva e aprenda em toda a sua plenitude. Mas o homem tem que trabalhar o que Deus lhe dá. Tem que arar a terra, tem que montar as suas vestes, deve rumar sempre, através de seus esforços, para a estrada do progresso. Porque só aquele que toma o trabalho em suas mãos, compreende a nobreza e prazer de servir.”

sexta-feira, 5 de março de 2010

Como não ser enganado


    Há muitas mensagens circulando na internet de diversos tipos. Piadas, correntes, imagens e mensagens, de conteúdo bom, mal ou misturado. E é justamente neste terceiro tipo que se deve tomar cuidado, quando uma mensagem que se quer fazer de inocente, apontando problemas reais, nos indica soluções tão duvidosas ou equívocas quanto aquelas que criticou.
    Quanta maldade há em algumas frases que terminam com "por favor" ou "obrigado". "Sai da minha frente, por favor?", "Tô ocupadão agora, faz essas coisas aqui pra mim? Obrigado!"
    Quanta maldade há em frases que se utilizam de Jesus e Deus. Quantas más intenções! Quantos muros erguidos, quantas cercas armadas, quantas separações, discussões, brigas, guerras, mortes! Tudo usando os sagrados nomes do Pai e de Jesus.
    E quem pode nos salvar destas enganações, se não nosso auto-conhecimento, nosso discernimento amadurecido?
    Transcrevo abaixo 26 itens retirados do capítulo XIV do Livro dos Médiuns, de Allan Kardec. Esse "check-list" foi utilizado para avaliar e selecionar as mensagens recebidas dos Espíritos que se comunicavam e ajudaram a compor as obras básicas do Espiritismo. Porém, esse mesmo roteiro pode ser utilizado para se avaliar qualquer mensagem. Tente substituir a palavra "Espírito" por "pessoa".
    Façam bom uso!
    1. Não há outro critério, senão o bom-senso, para se aquilatar do valor dos Espíritos. Absurda será qualquer fórmula que eles próprios dêem para esse efeito e não poderá provir de Espíritos superiores.
    2. Apreciam-se os Espíritos pela linguagem de que usam e pelas suas ações. Estas se traduzem pelos sentimentos que eles inspiram e pelos conselhos que dão. 
    3. Admitido que os bons Espíritos só podem dizer e fazer o bem, de um bom Espírito não pode provir o que tenda para o mal.
    4. Os Espíritos superiores usam sempre de uma linguagem digna, nobre, elevada, sem eiva de trivialidade; tudo dizem com simplicidade e modéstia, jamais se vangloriam, nem se jactam de seu saber, ou da posição que ocupam entre os outros. A dos Espíritos inferiores ou vulgares sempre algo refletem das paixões humanas. Toda expressão que denote baixeza, pretensão, arrogância, fanfarronice, acrimônia, é indício característico de inferioridade e de embuste, se o Espírito se apresenta com um nome respeitável e venerado.
    5. Não se deve julgar da qualidade do Espírito pela forma material, nem pela correção do estilo. É preciso sondar-lhe o íntimo, analisar-lhe as palavras, pesá-las friamente, maduramente e sem prevenção. Qualquer ofensa à lógica, à razão e à ponderação não pode deixar dúvida sobre a sua procedência, seja qual for o nome com que se ostente o Espírito. 
    6. A linguagem dos Espíritos elevados é sempre idêntica, senão quanto à forma, pelo menos quanto ao fundo. Os pensamentos são os mesmos, em qualquer tempo e em todo lugar. Podem ser mais ou menos desenvolvidos, conforme as circunstâncias, as necessidades e as faculdades que encontrem para se comunicar; porém, jamais serão contraditórios. Se duas comunicações, firmadas pelo mesmo nome, se mostram em contradição, uma das duas é evidentemente apócrifa e a verdadeira será aquela em que nada desminta o conhecido caráter da personagem. Sobre duas comunicações assinadas, por exemplo, com o nome de São Vicente de Paulo, uma das quais propendendo para a união e a caridade e a outra tendendo para a discórdia, nenhuma pessoa sensata poderá equivocar-se.
    7. Os bons Espíritos só dizem o que sabem; calam-se ou confessam a sua ignorância sobre o que não sabem. Os maus falam de tudo com desassombro, sem se preocuparem com a verdade. Toda heresia científica notória, todo princípio que choque o bom-senso, aponta a fraude, desde que o Espírito se dê por ser um Espírito esclarecido.
    8. Reconhecem-se ainda os Espíritos levianos, pela facilidade com que predizem o futuro e precisam fatos materiais de que não nos é dado ter conhecimento. Os bons Espíritos fazem que as coisas futuras sejam pressentidas, quando esse pressentimento convenha; nunca, porém, determinam datas. A previsão de qualquer acontecimento para uma época determinada é indício de mistificação.
    9. Os Espíritos superiores se exprimem com simplicidade, sem prolixidade. Têm o estilo conciso, sem exclusão da poesia das idéias e das expressões, claro, inteligível a todos, sem demandar esforço para ser compreendido. Têm a arte de dizer muitas coisas em poucas palavras, porque cada palavra é empregada com exatidão. Os Espíritos inferiores, ou falsos sábios, ocultam sob o empolamento, ou a ênfase, o vazio de suas idéias. Usam de uma linguagem pretensiosa, ridícula, ou obscura, à força de quererem pareça profunda.
    10. Os bons Espíritos nunca ordenam; não se impõem, aconselham e, se não são escutados, retiram-se. Os maus são imperiosos; dão ordens, querem ser obedecidos e não se afastam, haja o que houver. Todo Espírito que impõe trai a sua inferioridade. São exclusivistas e absolutos em suas opiniões; pretendem ter o privilégio da verdade. Exigem crença cega e jamais apelam para a razão, por saberem que a razão os desmascararia.
    11. Os bons Espíritos não lisonjeiam; aprovam o bem feito, mas sempre com reserva. Os maus prodigalizam exagerados elogios, estimulam o orgulho e a vaidade, embora pregando a humildade, e procuram exaltar a importância pessoal daqueles a quem desejam captar.
    12. Os Espíritos superiores desprezam, em tudo, as puerilidades da forma. Só os Espíritos vulgares ligam importância a particularidades mesquinhas, incompatíveis com idéias verdadeiramente elevadas. Toda prescrição meticulosa é sinal certo de inferioridade e de fraude, da parte de um Espírito que tome um nome imponente.
    13. Deve-se desconfiar dos nomes singulares e ridículos, que alguns Espíritos adotam, quando querem impor-se à credulidade; fora soberanamente absurdo tomar a sério semelhantes nomes.
    14. Deve-se igualmente desconfiar dos Espíritos que com muita facilidade se apresentam, dando nomes extremamente venerados, e não lhes aceitar o que digam, senão com muita reserva. Aí, sobretudo, é que uma verificação severa se faz indispensável, porquanto isso não passa muitas vezes de uma máscara que eles tomam, para dar a crer que se acham em relações íntimas com os Espíritos excelsos. Por esse meio, lisonjeiam a vaidade do médium e dela se aproveitam freqüentemente para induzi-lo a atitudes lamentáveis e ridículas.
    15. Os bons Espíritos são muito escrupulosos no tocante às atitudes que hajam aconselhar. Elas, qualquer que seja o caso, nunca deixam de objetivar um fim sério e eminentemente útil. Devem, pois, ter-se por suspeitas todas as que não apresentam este caráter, ou sejam condenáveis perante a razão, e cumpre refletir maduramente antes de tomá-las, a fim de evitarem-se mistificações desagradáveis.
    16. Também se reconhecem os bons Espíritos pela prudente reserva que guardam sobre todos os assuntos que possam trazer comprometimento. Repugna-lhes desvendar o mal, enquanto que aos Espíritos levianos, ou malfazejos apraz pô-lo em evidência. Ao passo que os bons procuram atenuar os erros e pregam a indulgência, os maus os exageram e sopram a cizânia, por meio de insinuações pérfidas.
    17. Os bons Espíritos só prescrevem o bem. Máxima nenhuma, nenhum conselho, que se não conformem estritamente com a pura caridade evangélica, podem ser obra de bons Espíritos.
    18. Jamais os bons Espíritos aconselham senão o que seja perfeitamente racional. Qualquer recomendação que se afaste da linha reta do bom-senso, ou das leis imutáveis da Natureza, denuncia um Espírito atrasado e, portanto, pouco merecedor de confiança.
    19. Os Espíritos maus, ou simplesmente imperfeitos, ainda se traem por indícios materiais, a cujo respeito ninguém se pode enganar. A ação deles sobre o médium é às vezes violenta e provoca movimentos bruscos e intermitentes, uma agitação febril e convulsiva, que destoa da calma e da doçura dos bons Espíritos.
    20. Muitas vezes, os Espíritos imperfeitos se aproveitam dos meios de que dispõem, de comunicar-se, para dar conselhos pérfidos. Excitam a desconfiança e a animosidade contra os que lhes são antipáticos. Especialmente os que lhes podem desmascarar as imposturas são objeto da maior animadversão da parte deles. Alvejam os homens fracos, para os induzir ao mal. Empregando alternativamente, para melhor convencê-los, os sofismas, os sarcasmos, as injúrias e até demonstrações materiais do poder oculto de que dispõem, se empenham em desviá-los da senda da verdade.
    21. Os Espíritos dos que na Terra tiveram uma única preocupação, material ou morai, se se não desprenderam da influência da matéria, continuam sob o império das idéias terrenas e trazem consigo uma parte dos preconceitos, das predileções e mesmo das manias que tinham neste mundo. Fácil é isso de reconhecer-se pela linguagem de que se servem.
    22. Os conhecimentos de que alguns Espíritos se enfeitam, às vezes, com uma espécie de ostentação, não constituem sinal da superioridade deles. A inalterável pureza dos sentimentos morais é, a esse respeito, a verdadeira pedra de toque.
    23. Não basta se interrogue um Espírito para conhecer-se a verdade. Precisamos, antes de tudo, saber a quem nos dirigimos; porquanto, os Espíritos inferiores, ignorantes que são, tratam frivolamente das questões mais sérias. Também não basta que um Espírito tenha sido na Terra um grande homem, para que, no mundo espírita, se ache de posse da soberana ciência. Só a virtude pode, purificando-o, aproximá-lo de Deus e dilatar-lhe os conhecimentos.
    24. Da parte dos Espíritos superiores, o gracejo é muitas vezes fino e vivo, nunca, porém, trivial. Nos Espíritos zombadores, quando não são grosseiros, a sátira mordaz é, não raro, muito apropositada.
    25. Estudando-se cuidadosamente o caráter dos Espíritos que se apresentam, sobretudo do ponto de vista moral, reconhecem-se-lhes a natureza e o grau de confiança que devem merecer. O bom-senso não poderia enganar.
    26. Para julgar os Espíritos, como para julgar os homens, é preciso, primeiro, que cada um saiba julgar-se a si mesmo. Muita gente há, infelizmente, que toma suas próprias opiniões pessoais como paradigma exclusivo do bom e do mau, do verdadeiro e do falso; tudo o que lhes contradiga a maneira de ver, a suas idéias e ao sistema que conceberam, ou adotaram, lhes parece mau. A semelhante gente evidentemente falta a qualidade primacial para uma apreciação sã: a retidão do juízo. Disso, porém, nemsuspeitam. E o defeito sobre que mais se iludem os homens.
                                                        Para aprender mais sobre comunicações com o mundo dos Espíritos e com o mundo dos encarnados, leia Kardec!

                                                    terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

                                                    Soluções simples para um mundo complicado



                                                        Assistindo ao programa Roda Viva da TV Cultura dessa semana, fiquei impressionado com a discussão em torno do que deve ser feito pra controlar o efeito estufa.
                                                        De tudo que foi falado, dois blocos do programa foram baseados no mau causado pelos gases emitidos pelas vaquinhas da nossa crescente e poderosa agropecuária. A equação do negócio era interessante: a quantidade de gás emitido por ano por cada animal (58 quilos ao ano), multiplicado pelo total de animais (mais de 2 milhões de cabeças de gado), dividido pelos equitares que cada animal ocupa (1 cabeça de gado por equitare)...
                                                        Bom, como já deu pra notar, é uma conta insolúvel, dado a complexidade não algébrica, mas porque, como o entrevistado da noite disse, sempre vai haver descompensação com as emissões, por mais que se faça, porque a tendência da agropecuária é crescer. E que mal há nisso? O país se beneficia por ser o maior exportador de carne bovina do mundo, mais pessoas se alimentam, o mercado interno se beneficia com a qualidade da carne e com um preço mais acessível (perguntem a qualquer um que esteve na Europa, no Japão, quanto custa um bife no restaurante!).
                                                        No meio de toda essa conversa complexa, me perguntei: não tem nada mais simples? Se é tão difícil lidar com esse problema, se ele é de proporções fora da capacidade de qualquer um de resolver, por que não se concentrar no que é simples de resolver?
                                                        Mas o que é simples?
                                                        Outro dia tomando banho (essas atividades que a gente faz e que são totalmente inspiradoras!), olhei pro lado e me deparei com dois potes vazios de shampoo e condicionador. Vi o quão grandes eles eram, o quão grosso era o plástico de que eles eram feitos e pensei: por que não criam uma embalagem retornável disso aqui? Quanto se gasta pra fazer uma embalagem dessas? Será que não é muito mais barato, ou pelo menos que seja o mesmo custo fazer embalagens retornáveis e reutilizáveis para alguns produtos?
                                                        A Coca-Cola vende em alguns bairros a embalagem retornável. No bairro onde minha mãe mora custa R$2,00 uma Coca-Cola 2 litros se levar a garrafa. Ela já tem umas 4 ou 5 embalagens e economiza um bom dinheiro e ainda deixa de poluir por não jogar garrafas de plástico no lixo.
                                                        Se outras empresas e produtos começassem a usar essa idéia, quanto lixo deixaria de ser produzido, quantos novos empregos seriam criados, quão mais baratos seria o resultado disso no bolso dos consumidores? O governo poderia criar incentivos fiscais para empresas que adotassem esse modelo ecologicamente correto. Enfim, só benefícios teríamos!
                                                        Espalhem essa idéia, divulguem essa opção! Quem sabe chega aos ouvidos certos e uma ação simples é tomada em prol desse nosso mundo tão complicado!

                                                    quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

                                                    O argueiro e a trave no olho


                                                        Em Lucas 6:41, Jesus diz:
                                                    "E por que atentas tu no argueiro que está no olho de teu irmão, e não reparas na trave que está no teu próprio olho?"
                                                        Relendo isso em outras fontes, fui chamado a observar algo que não tinha reparado nas muitas vezes que li esta passagem. Um detalhe importante, que mais que nos levar à ação, deveria nos levar à reflexão. Está bem ali, no final da frase, logo após a última palavra. Isso mesmo: o ponto de interrogação!
                                                        Sempre que lia este versículo logo concluía que deveria me esforçar em parar de criticar o próximo e me atentar em melhorar minhas imperfeições. Sei que é essa a intenção do mestre, pois ele continua no versículo 42:
                                                    "Ou como podes dizer a teu irmão: Irmão, deixa-me tirar o argueiro que está no teu olho, não atentando tu mesmo na trave que está no teu olho? Hipócrita, tira primeiro a trave do teu olho, e então verás bem para tirar o argueiro que está no olho de teu irmão."
                                                       Por que agimos assim? O que nos leva a criticar os menores defeitos no nosso próximo enquanto nem notamos as nossas maiores faltas? Por que nos achamos no direito de tentar consertar os menores problemas nas vidas de nossos semelhantes enquanto não temos capacidade de agir e corrigir a nós mesmos?
                                                        Tão importante quanto tirar primeiro a trave do próprio olho está a compreensão da nossa atitude, do nosso comportamento. Jesus nos chama ao auto-descobrimento, fazendo com que olhemos no nosso interior para compreender a origem das nossas atitudes.
                                                        E o que nos levaria a isso então, a cair nesse engodo das nossas próprias tendências, senão o orgulho, esse sentimento que nos acompanha a todos! A necessidade constante que nosso ego tem em ser melhor que os outros.
                                                        Mas somos mesmo? Ou melhor: por que precisamos ser? Será que não seríamos mais felizes se aceitássemos as falhas daqueles que fazem parte da nossa vida, cotidiana ou esporadicamente, ou se não tomássemos como um insulto pessoal o equívoco alheio?
                                                        Não julgar nosso próximo, ser piedoso e indulgente como gostamos que sejam conosco, e principalmente procurar em nosso íntimo, de maneira pacata e amorosa, por que continuamos a agir de certas formas que só nos fazem sofrer. E quando descobrirmos, começar a mudança, com paciência e constância.

                                                    terça-feira, 26 de janeiro de 2010

                                                    Espírita, Espiritualista, Kardecista...?




                                                        Afinal, qual a definição da religião e daqueles que seguem os ensinamentos codificados por Allan Kardec? Parece que falta consenso até entre aqueles que estão na religião há muito tempo! 
                                                        Há quem diga que a religião é o "Kardecismo" e os seguidores são os "Kardecistas". Outros dizem que somos "espíritas cristãos". Há quem diga que "espírita" é a mesma coisa para os seguidores da Umbanda e Candomblé, portanto é importante dizer que é "espírita kardecista".
                                                        Mas o que disse Kardec? Ele, que em 18 de abril de 1857 publicou "O Livro dos Espíritos", o marco do nascimento desta doutrina que estamos tentando decifrar o nome e o nome que se dá aos seus adeptos, como o intelectual e professor que era, iniciou esta obra justamente esclarecendo estas questões, na Introdução ao Estudo da Doutrina Espírita, capítulo I - Espiritismo e Espiritualismo, como transcrito abaixo:


                                                        "Para as coisas novas necessitamos de palavras novas, pois assim o exige a clareza de linguagem, para evitarmos a confusão inerente aos múltiplos sentidos dos próprios vocábulos. As palavras espiritual, espiritualista, espiritualismo têm uma significação bem definida; dar-lhes outra, para aplicá-las à Doutrina dos Espíritos, seria multiplicar as causas já tão numerosas de anfibologia. Com efeito, o espiritualismo é o oposto do materialismo; quem quer que acredite haver em si mesmo alguma coisa além da matéria é espiritualista; mas não se segue daí que creia na existência dos Espíritos ou em suas comunicações com o mundo visível.
                                                        Em lugar das palavras espiritual e espiritualista empregaremos, para designar esta última crença as palavras espírita e espiritismo, nas quais a forma lembra a origem e o sentido radical e que por isso mesmo têm a sua significação própria. Diremos, portanto, que a Doutrina Espírita ou o Espiritismo tem por princípio as relações do mundo material com os Espíritos ou seres do mundo invisível. Os adeptos do Espiritismo serão os espíritas, ou, se o quiserem, os espiritistas.
                                                        Como especialidade 'O Livro dos Espíritos' contém a Doutrina Espírita; como generalidade liga-se ao Espiritualismo, do qual apresenta uma das fases. Essa a razão porque traz sobre o título as palavras: Filosofia Espiritualista."


                                                        Sendo assim, fica esclarecido que as palavras "espírita" e "Espiritismo" são neologismos criados por Kardec, a fim de criar novas palavras pra denominar essa então nova doutrina.
                                                        Leia Kardec!

                                                    sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

                                                    Escutatória - de Rubem Alves




                                                    Escutatória
                                                    (Rubem Alves)


                                                    Sempre vejo anunciados cursos de oratória. Nunca vi anunciado curso de escutatória. Todo mundo quer aprender a falar... Ninguém quer aprender a ouvir. Pensei em oferecer um curso de escutatória, mas acho que ninguém vai se matricular. Escutar é complicado e sutil. 


                                                    Diz Alberto Caeiro que... não é bastante não ser cego para ver as árvores e as flores. É preciso também não ter filosofia nenhuma. Filosofia é um monte de idéias, dentro da cabeça, sobre como são as coisas. Para se ver, é preciso que a cabeça esteja vazia. Parafraseio o Alberto Caeiro: Não é bastante ter ouvidos para ouvir o que é dito. É preciso também que haja silêncio dentro da alma. Daí a dificuldade... 




                                                    A gente não aguenta ouvir o que o outro diz sem logo dar um palpite melhor... Sem misturar o que ele diz com aquilo que a gente tem a dizer. Como se aquilo que ele diz não fosse digno de descansada consideração..... E precisasse ser complementado por aquilo que a gente tem a dizer, que é muito melhor... 


                                                    Nossa incapacidade de ouvir é a manifestação mais constante e sutil de nossa arrogância e vaidade. No fundo, somos os mais bonitos...


                                                    Tenho um velho amigo, Jovelino, que se mudou para os Estados Unidos estimulado pela revolução de 64. Contou-me de sua experiência com os índios: Reunidos os participantes, ninguém fala. Há um longo, longo silêncio. Vejam a semelhança...


                                                    Os pianistas, por exemplo, antes de iniciar o concerto, diante do piano, ficam assentados em silêncio... Abrindo vazios de silêncio... Expulsando todas as idéias estranhas. Todos em silêncio, à espera do pensamento essencial. Aí, de repente, alguém fala. Curto. Todos ouvem. Terminada a fala, novo silêncio. Falar logo em seguida seria um grande desrespeito, pois o outro falou os seus pensamentos..... Pensamentos que ele julgava essenciais. São-me estranhos. É preciso tempo para entender o que o outro falou. 







                                                    O longo silêncio quer dizer: Estou ponderando cuidadosamente tudo aquilo que você falou. E, assim vai a reunião. Não basta o silêncio de fora. É preciso silêncio dentro. Ausência de pensamentos. E aí, quando se faz o silêncio dentro, a gente começa a ouvir coisas que não ouvia. 


                                                    Se eu falar logo a seguir... São duas as possibilidades. Primeira: Fiquei em silêncio só por delicadeza.. Na verdade, não ouvi o que você falou. Enquanto você falava, eu pensava nas coisas que iria falar quando você terminasse sua (tola) fala. Falo como se você não tivesse falado. Segunda: Ouvi o que você falou. Mas, isso que você falou como novidade eu já pensei há muito tempo. É coisa velha para mim. Tanto que nem preciso pensar sobre o que você falou. Em ambos os casos, estou chamando o outro de tolo. O que é pior que uma bofetada.


                                                    Para mim, Deus é isto: A beleza que se ouve no silêncio. Daí a importância de saber ouvir os outros: A beleza mora lá também. Comunhão é quando a beleza do outro e a beleza da gente se juntam num contraponto. (Rubem Alves) 



                                                    quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

                                                    "Eu te disse, eu te disse, eu te disse!!!"





                                                    Pra quem mora na zona sul de São Paulo e leu o meu post Água Fria e começou a adotar alguma atitude similar, meus parabéns! 


                                                    Apesar da incompetência da Sabesp em efetuar uma manutenção no sistema de abastecimento de água sem prejudicar milhões de pessoas (eu disse milhões!!!) por um tempo grande demais pra ser considerado uma bobagem, a água na caixa d'água da sua casa vai durar!


                                                    Sim! Esse comentário foi postado há pelo menos uma semana! E para aqueles que já começaram a se acostumar a tomar banhos mais rápidos, notarão que não só o planeta agradece, mas cada um que mora conosco e pôde usar aquela água que ia desperdiçada pelo ralo em coisas mais úteis, como limpeza de utensílios, higiene pessoal, preparação de alimentos e, é claro, a própria hidratação!


                                                    Tomar atitudes verdes é se preparar para situações como essa, onde aquele que desperdiça fica sem e o que sabe poupar tem de sobra! Não é assim com as finanças e demais coisas? Por que não com esse patrimônio magnífico que é a natureza?


                                                    Uma mudança de cada vez, pessoal! E uma após a outra!

                                                    terça-feira, 19 de janeiro de 2010

                                                    Uma manhã colorida...

                                                    Eis que hoje pela manhã, enquanto eu caminhava para pegar o fretado e vir trabalhar, não me deparo com esse céu maravilhosamente pintado!


                                                    Pude até respirar melhor, depois da chuva ter lavado durante a noite o céu das impurezas que não conseguimos deixar de mandar pra lá.


                                                    Conforto pros sentidos e pra alma uma manhã assim!

















                                                    segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

                                                    O que somos para Deus

                                                    Leio alguns textos, ouço músicas, vejo filmes, sermões e palestras falando sobre a opinião de Deus sobre as pessoas. E como eu me supreendo!


                                                    "O ser humano não presta", "é falho, imperfeito", "as pessoas são hipócritas e incrédulas". Será?


                                                    Que opinião um pai e uma mãe tem do próprio filho? A opinião real! Os nossos pais nos conhecem como somos. Com as falhas e imperfeições que temos, mas acima de tudo, mesmo, está o sentimento de amor, que permeia as verdades à respeito dessas condições de cada um e as suavizam. 


                                                    É como se olhássemos pra um objeto quebrado e simplesmente constatássemos isso, tanto quanto nos tranqüilizaríamos por saber que essa condição é temporária, que quando o tempo e a condição ideal chegarem, aquilo será ajustado.


                                                    Assim é o pai que vê a criança brincando despreocupadamente e não vê um vagabundo, mas uma criança que gosta de brincar e quando estiver maior, madura, irá atrás do emprego, conforme a boa educação que recebeu lhe encaminha.


                                                    Nosso Pai Celeste, que nos conhece mais a fundo ainda, não tem pra Si nenhuma opinião ruim de nós. De nenhum de nós! Como poderia ter, se ele não nos julga por religião, nacionalidade, sexo, cor ou idade. Deus enxerga a nossa alma, cada parte oculta e até incompreendida por nós mesmos. Exerga, compreende e nos aceita.


                                                    Como poderia ser diferente? Isso partindo de Deus, que é melhor que o melhor dos pais terrenos? Se um pai  comum ama, compreende e aceita seu filho, como esperar menos ou achar que nosso Pai Celeste faria pior?


                                                    É normal confundir os nossos sentimentos e reações com as do Criador. Mas lembremos sempre: Deus é eterno, onipresente, onisciente, onipotente e infinitamente justo e bom. Um Pai maravilhoso que nos ama sem esperar nada em troca e que só quer que sejamos eternamente felizes, deixando para o julgamento e entendimento de cada um o momento escolhido para alcançar essa felicidade.


                                                    O que somos pra Deus? Crianças brincando no jardim, achando um jeito de trazer a felicidade pra si e para aqueles que nos cercam!